Vigilância Epidemiológica confirma caso de Febre do Oropouche em São Martinho

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC), confirmou o primeiro caso de Febre do Oropouche em São Martinho.

O registro é considerado alóctone, quando a doença é contraída em município diferente do qual a pessoa infectada reside.

Trata-se de um paciente de 52 anos, que procurou atendimento médico no Hospital São José no dia 4 de maio, um sábado. Na ocasião, afirmou ter sentido os primeiros sintomas da doença após retornar de uma viagem a trabalho, onde passou pelas cidades de Pouso Redondo, Trombudo Central, Jaraguá do Sul, Joinville e Pomerode.

Ainda durante a consulta, o homem relatou ter sido picado por diversos maruins, também conhecidos como mosquitos-pólvora, enquanto pernoitava na cidade de Jaraguá do Sul, no bairro Santa Luzia.

Inicialmente, a suspeita era de que o paciente poderia estar com dengue, zika ou chikungunya. Ele foi devidamente medicado, liberado e orientado procurar a Vigilância Epidemiológica no início da semana.

Conforme orientado, o paciente procurou a Vigilância Epidemiológica local, que realizou a coleta de material para exames e destinou ao Lacen, onde a Febre do Oropouche foi constatada.

A Secretaria de Saúde e Saneamento de São Martinho reforça que não possui qualquer evidência da circulação da doença no município e que se mantém alerta para eventuais suspeitas que possam surgir. Além disso, lembra que o caso registrado foi contraído em outra cidade e que o paciente infectado não precisou ser internado, está bem e já retornou ao trabalho.

O QUE É A FEBRE DE OROPOUCHE, SINTOMAS E TRATAMENTO

A Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus. Sua transmissão acontece, principalmente, por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do inseto por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Os sintomas da doença são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea, febre e diarreia.

Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

Como forma de prevenção, recomenda-se:

  • Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele;
  • Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;